16 março 2007

Alentejo














Folheia-se o caderno e eis o sul
E o sul é a palavra. E a palavra
Desdobra-se
No espaço com suas letras de
Solstício e de solfejo
Além de ti
Além do Tejo

Verás o rio e talvez o azul
Não o de Mallarmé: soma de branco e de vazio
Mas aquela grande linha onde o abstracto
Começa lentamente a ser o
Sul















Outro é o tempo
Outra a medida

Tão grande a página
Tão curta a escrita


Entre o achigã e a perdiz
Entre chaparro e choupo

Tanto país
E tão pouco
















Solidão é companheira
E de senhor são seus modos
Rei do céu de todos
E de chão nenhum

À sombra de uma azinheira
Há sempre sombra para mais um
















Na brancura da cal o traço azul
Alentejo é a última utopia

Todas as aves partem para o sul
Todas as aves: como a poesia



Porque tudo na vida pode ser um filme, tudo na vida pode ser Como no Cinema

Como no Cinema
Alentejo


Pela primeira vez disponível na Internet:
DOWNLOAD

Vozes:
Fernando Alves
Baby Sandy & Mister-X
Custódia Inácia Silva

Textos:
Manuel Alegre (Alentejo e ninguém)

Depoimentos:
Cidadãos anónimos em Beja

Música/Sons/Registos/Cante:
Michel Giacometti & Fernando Lopes Graça
Janita Salomé
Vitorino
Grupo Coral e Etnográfico Os Ceifeiros de Pias
Ganhões de Castro Verde
José Francisco Colaço Guerreiro
Francisco Lança

Assistência Técnica:
Pedro Vieira
José Guerreiro
João Félix
Paulo Dias
Paulo Canto e Castro
Paulo Jorge Guerreiro

Colaboração especial: Vírginia Marques

Sons tradicionais recolhidos em Évora, Beja, Pias, Monte das Flores, Cuba, Pêro Guarda, Campo Maior, Baleisão, Serpa e Cercal do Alentejo

Produção; Montagem (em directo) e Realização:
Francisco Mateus

Tempo total: 37:09 min













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Próxima emissão: «Ode Marítima»